A cápsula conhecida como "Sarco", uma inovadora forma de suicídio assistido, foi utilizada pela primeira vez na Suíça, resultando na detenção de várias pessoas. O uso da cápsula ocorreu na segunda-feira em Merishausen, e a polícia informou que o corpo da pessoa falecida foi levado para autópsia.
Os procuradores do cantão de Schaffhausen foram alertados sobre o incidente por um escritório de advogados, e a polícia confirmou que o dispositivo foi apreendido. As autoridades abriram processos criminais por incitação e assistência ao suicídio, levando à detenção de várias pessoas envolvidas.
A cápsula "Sarco", projetada para permitir que uma pessoa dentro dela ative um botão que injeta gás nitrogênio em uma câmara selada, gera controvérsia. A ideia é que a pessoa deite-se na cápsula, responda a perguntas para confirmar sua intenção e, em seguida, ative o botão, resultando em perda de consciência e morte por asfixia em poucos minutos.
Philip Nitschke, o criador da cápsula, é conhecido por seu ativismo em torno do direito a morrer e defende a "desmedicalização" do processo de morte, permitindo que indivíduos tenham controle total sobre o método. A cápsula foi apresentada como uma solução para o suicídio assistido na Suíça, onde essa prática é legal, mas geralmente requer apoio médico.
No entanto, a legalidade do uso da cápsula "Sarco" suscita debates. Embora um advogado suíço tenha argumentado que a cápsula não é considerada um dispositivo médico e, portanto, não se enquadra nas leis de produtos terapêuticos, a ministra do Interior, Elisabeth Baume-Schneider, expressou preocupações sobre sua conformidade com a legislação de segurança de produtos e produtos químicos.
A situação continua a evoluir, com a polícia e as autoridades judiciais investigando mais a fundo o caso e suas implicações legais.
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