O Governo anunciou a intenção de aumentar o Salário Mínimo Nacional para 870 euros em 2025, representando um crescimento de 6,1% em relação ao valor atual de 820 euros. Esta proposta vai além dos 855 euros previstos no Acordo de Rendimentos, Salários e Competitividade, e será discutida numa reunião de Concertação Social com vários parceiros, incluindo a ministra do Trabalho e o ministro da Economia.
Empresários manifestam preocupação com o impacto deste aumento. Um dos participantes das negociações alertou que os aumentos não estão justificados pelos indicadores económicos, mencionando a inflação prevista de 2% e os aumentos de 2% na Função Pública. Armindo Monteiro, presidente da CIP, e outros representantes das empresas, têm defendido que os aumentos salariais devem estar atrelados ao crescimento da produtividade, algo que, segundo eles, não está presente na proposta do Governo.
Por outro lado, os sindicatos mostram-se mais receptivos. A UGT vê com bons olhos a intenção do Governo de ir além dos acordos já firmados, embora mantenha uma postura cautelosa, garantindo que o novo acordo não pode ser pior do que o atual. Já a CGTP, que defende um aumento de 15% para todos os trabalhadores em 2025, considera que a principal preocupação deve ser o valor dos salários, exigindo que o salário mínimo atinja os mil euros.
As negociações prosseguem, com os empresários a pedir medidas adicionais, como a redução do IRC e a eliminação das tributações autónomas, enquanto os sindicatos focam-se nos aumentos salariais como a prioridade para os trabalhadores.
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