No Estádio do Bessa, o Benfica voltou a mostrar que a mudança está no ar. Sob o comando de Bruno Lage, a equipa desferiu um impressionante 3-0 ao Boavista, exibindo um futebol que já não se via há algum tempo. A promessa de Lage de transformar a identidade da equipa ganhou forma em campo, afastando-se do estilo de jogo desordenado que caracterizou a era de Roger Schmidt.
Logo no início, a incerteza parecia pairar no ar. Com a ausência de Bah, Tomás Araújo foi adaptado a lateral-direito, um ajuste que, à primeira vista, poderia levantar questões. Mas Lage tinha uma visão clara: o Benfica precisava de jogar um futebol tricotado, dinâmico e ofensivo. E foi exatamente isso que a equipa fez.
O primeiro golo não tardou a chegar. Em menos de 15 minutos, Aktürkoğlu, com um lance individual de classe, ofereceu o golo a Pavlidis. O grego, que tinha enfrentado uma seca de quatro jogos, finalmente respirou aliviado, marcando com um leve toque na pequena área. A alegria contagiante na equipa era palpável, e os encarnados estavam determinados a aproveitar o momento.
A partir desse instante, o Benfica dominou a partida. A fluidez do jogo e a alegria em campo contrastavam com as exibições das deslocações anteriores, onde a equipa tinha deixado muito a desejar. Com passes curtos e movimentações coordenadas, o Benfica parecia um relógio bem oleado.
Por volta da meia-hora, Kökcü elevou a vantagem para 2-0 com um remate de fora da área, celebrando com um sorriso que dizia tudo sobre o estado de espírito da equipa. O turco era um exemplo da transformação que Lage estava a imprimir. A confiança estava em alta, e a defesa, imperturbável, recuperava a bola com rapidez.
A segunda parte começou de forma promissora, com o Benfica a ameaçar novamente. Tomé Sousa, guarda-redes do Boavista, fez intervenções decisivas, mas a superioridade encarnada era evidente. O Boavista, por sua vez, tentou ameaçar, mas as suas investidas eram facilmente neutralizadas.
Com o jogo a aproximar-se do fim, Lage decidiu fazer algumas substituições. Barreiro, Prestianni e Amdouni entraram em campo, trazendo novas energias à equipa. O tempo passava, mas o Benfica mantinha-se firme. E, como um fecho de ouro, Arthur Cabral apareceu nos descontos para assinar o 3-0, confirmando a renovação da equipa.
Foi uma noite em que a promessa de Bruno Lage se concretizou. O Benfica não só venceu, mas fez-o com classe e determinação, deixando os adeptos ansiosos pelo que está por vir. Sem vestígios do passado recente, o futuro parece promissor para os encarnados.
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